Grita, se for preciso!

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Nem sempre nos sentimos num local seguro para nos expressarmos e fazermos ouvir o que pensamos ou o modo como estamos ou não a conseguir lidar com algo. Mesmo com um núcleo de amigos, irmãos de alma, por vezes, mesmo que não estejamos bem, temos de deixar de lado os nossos problemas para dar o suporte e apoio. Outras vezes não há tempo para conversas mais profundas no meio da correria do dia-a-dia. Acabamos por nos sentir sozinhos. 

Lidamos o melhor que podemos com os nossos sentimentos, medos e traumas, 
até porque não nos queremos tornar numa fonte de negatividade ou num fardo.


No entanto, quando guardamos os nossos sentimentos para nós mesmos, os nossos medos e frustrações acabam por se acumular e prendem a nossa alma, ocupando o lugar que devia ser nosso. Acabamos por exterioriza-los da pior maneira possível, quando já não conseguimos mais engolir a mágoa e a dor. Vêm as crises de choro, de ansiedade, de raiva. Começamos a gritar com aqueles que mais amamos e que nos querem bem. 

Meras palavras corriqueiras passam a ser por nós sentidas como ataques pessoais e acabamos por atacar de volta, magoando quem apenas nos quer ajudar. 

Torna-se um ciclo interminável, já que cada vez nos sentimos mais sozinhos e até culpados pela nossa conduta menos correcta. Inconscientemente, começamos até por culpar os outros pela nossa infelicidade, desresponsabilizando-nos do controlo das nossas emoções, mas quando percebemos o que realmente aconteceu e a nossa responsabilidade neste processo, surge então a culpa. Esta, em vez de ser utilizada como motor para nos melhorarmos, é frequentemente seguida de frases como “mas eu sou assim” ou “não consigo mudar”, e é aqui que tudo tem de mudar.

A sociedade parece não desacelerar, por isso temos de nos adaptar ao modo como esta funciona. Assim, é necessário arranjarmos ferramentas para que a solidão não se instale e para que não percamos a nossa força de viver, expressando o que sentimos. Faz coisas de que gostes, comunica no momento o que estás a sentir – seja elogiares uma colega, alertares sobre alguma acção que achaste injusta para contigo vinda de um amigo, ou simplesmente abraçares alguém de quem gostas muito. 

O que tu sentes é muito importante e não merece ficar fechado no teu coração. 

O mundo precisa de mais espontaneidade.

Muito Amor,

Diana Pereira

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